Futuros
Em análises dos futuros que não terei desperdicei inúmeras horas. Me ceguei para incontáveis agoras. Impedi incalculáveis espontaneidades. Não vi sorrisos. Não senti olhares. Perdi presentes. Em troca, recebi promessas que não valem o quanto pesam.
Aos futuros que não terei, portanto, não dedicarei mais um segundo sequer.
Ao único futuro que terei — prometo — quando no agora você se fizer presente, lhe dedicarei a inocência, o sorriso e a leveza de uma criança.